Quinze dias...

Dizem que o ano que passa na nossa vida é como um elástico. Vêm os problemas, a vida cotidiana e o elástico vai esticando. Se você não parar para descansar e assim trocar o elástico, ele arrebenta e não tem alma viva que te aguente.Pois é. Trabalhei o ano todo e ainda, por infelicidade, não tirei minhas queridas e tão desejadas férias.
Como vocês sabem, sou do Rio Grande do Sul, e aqui além de belas (tirando a sujeira da água, da areia, águas vivas, fezes e demais porcarias que você encontra ao chegar) prais temos uma mais bela ainda Lagoa dos Patos, onde passarei minhas férias.
Estou contando nos dedos, faltam 17 dias.

Parte boa:

Descanço total, nada de fazer comida, lavar roupa todos os dias, varrer e demais tarefas odiadas por mim;
Churros e milho cozido na beira da "praia";
Muito carinho e amor, lua-de-mel;
Acordar cedo na esperança de pescar alguma coisa;
Peixe preparado pelo meu namorado com gotas de limão;
Cadeira de praia, protetor, biquíni, caipirinha;

Parte ruim:

Me sentir um pouco inútil, por estar acostumada com a correria diária;
Engordar umas gramas à mais em função do churros;
Mosquitos e mais mosquitos na hora da pescaria;
Crianças correndo e lavando meu milho cozido com areia;
Culotinhos que eu não consegui perder no inverno à mostra no biquíni;
Me torrar porque provavelmente no primeiro dia eu esqueço de passar protetor, e no segundo só desandar ainda mais o camarão;


Mas olha que sinceramente eu não tô nem aí pras ruins, pois são apenas consequência das boas. E não vejo a hora de poder descansar olhando pra água e sentindo o cheiro do protetor solar, agarrada com meu namorado, com um óculos escuros e tomando aquela caipirinha ao som das gaivotas.