quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Televisão, símbolo da alienação







Eu, assim como você (e não adianta dizer que não?!), gostamos de olhar reality shows, novelas, progamas de fim de semana, enfim, qualquer bosta (desculpe o termo, mas tudo isso é realmente uma!) que nos prenda na frente de uma caixa quadrada e faz-nos esquecer do "mundo real", de algumas preocupações, algo que nos divirta, que nos motive (programas de auto-ajuda também vale!) e principalmente seja interessante o bastante para fazer-nos voltar no outro dia, no mesmo horário e no mesmo canal para ver o próximo capítulo.


Novelas são as campeãs, você liga a televisão uns cinco minutos antes para não perder o início, pára tudo que estiver fazendo, senta na poltrona, pega um prato de comida, e quando a Globo diz: Assista agora mais um capítulo da novela Eu te amo meu amor!, a sua respiração pára, assim como o piscar de seus olhos e assim como também o resto do maldito mundo que não importa, até importa, mas só no intervalo comercial. Se alguém falar com você, é capaz de levar um tiro. Sua concentração é tanta que você nem percebe que está comendo, e quando olha para o prato, coça a cabeça e pensa: O que isto está fazendo aqui?

Pode parecer absurdo, mas não é.


E em janeiro, na época do Big Brother Brasil, a alienação vai até mais tarde. Ultrapassa a barreira da novela, e se estende até o final do BBB (Baita Bosta Bagaçeira). É claro, estou falando assim mas no dia em que o programa se inicia, eu também, como não sou de ferro, não desgrudo da televisão. Não estou generalizando, mas 95% da populção brasileira é assim. Os outros 5% são nerds (nada contra!!!!), revoltados com a vida e com a elite brasileira, ou simplesmente pessoas que descobrem coisas melhores a fazer do que queimar seus miolos em uma "coisa" que não visa outro objetivo se não ganhar dinheiro a nossas custas.
Maria do Bairro, Jurassic Park, Lost, Pica-Pau, BBBs, Campo e Lavoura, enfim, tudo tudo tudo visando lucros. A única hora em que a televisão merece um pingo de respeito, é no momento dos telejornais. Isso sim podemos dizer que é algo educativo pois informa-nos os acontecimentos mais importantes e marcantes do dia. Infelizmente as notícias não saem como elas realmente são. Sempre tem um pouco de maquiagem para que agente a entenda da forma que deve ser compreendida na visão de quem a escreveu, ou de quem deu a ordem para que ela fôsse ao ar. Sinto muito, essa é a realidade.

Quando a Ótima Bernardes e seu magnífico esposo surgem na telinha, é a hora do chimarrão. (tudo para esperar a novela!!) Abre a cadeira de praia, fofoca sobre os parentes, comenta da vizinha que tá grávida, da outra que fugiu com o namorado drogado, do homosexual que também fugiu com o namorado drogado (se bem que nesse caso isso não importa muito), presta um pouco de atenção na notícia que está sendo dita pela Ótima, comenta da mesma com quem seja que esteja tomando chima com você e ajudando nas fofocas. Se um avião caiu, esquece-se dos vizinhos e o tchãn do momento é saber quem foram as vítimas fatais, vai que tenha um conhecido?


E é por motivos como estes que pessoas se tornam simples pessoas em toda a sua vida. Porque na hora que podiam fazer a diferença e se tornar diferentes, optam pelo caminho mais fácil, sentam e se alieniam em uma caixa quadrada, quando poderiam neste mesmo período fazer algo para mudar seu futuro previsível e trocar de canal de uma vez por todas...mas não o da televisão!

3 comentários:

Unknown disse...

A vida é feita pelas pessoas. A TV é feita pelas pessoas. Pessoas vicíam pessoas. Pessoas morrem. Pessoas morrem por causa das pessoas. As pessoas sim são uma merda, não a TV!

TV diverte, retarda, informa, deforma, alegra, faz companhia e tira sarro da sua cara.

Pessoas não sabem aproveitar!

Anônimo disse...

Oi Bruna!

Adoro o teu jeito de escrever. É realmente da forma que a gente pensa e age. Incrível, mas é assim mesmo. Porém temos que parar e pensar sobre as coisas que fazemos. Avaliar melhor. Concordo contigo. Temos que usar o nosso tempo "ocioso" para fazermos coisas mais importantes, como por ex: Programas legal em família. O tempo passa muito depressa.....

Anônimo disse...

Oi Bruna!

Adoro o teu jeito de escrever. É realmente da forma que a gente pensa e age. Incrível, mas é assim mesmo. Porém temos que parar e pensar sobre as coisas que fazemos. Avaliar melhor. Concordo contigo. Temos que usar o nosso tempo "ocioso" para fazermos coisas mais importantes, como por ex: Programas legal em família. O tempo passa muito depressa.....

 
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